Skip links

Saúde Mental e Psiquiatria

“O bom médico trata a doença. O grande médico trata o paciente que sofre da doença” - William Osler

Dr. Matheus Figueiredo

Meu nome é Matheus Figueiredo, sou médico psiquiatra com atuação na área clínica. Meu trabalho começa com a pergunta que é a pergunta fundamental da Medicina: “Onde dói?”.

A dor pode estar na existência, no sentir, no se relacionar e no conviver. É essa dor que é material de trabalho da psiquiatria; ainda que tenha correspondência com o corpo, ela pode ser melhor apontada na alma.

Trabalho com uma psiquiatria de fundamentação psicodinâmica, ou seja, parto do princípio que conflitos internos, experiências passadas e as relações interpessoais podem ser usados para identificar padrões recorrentes que possam estar contribuindo para os desafios da vida e para um adoecimento. Através da interpretação, reflexão e análise dos processos mentais, o objetivo dessa abordagem é promover a autoconsciência, a resolução de conflitos internos e o amadurecimento emocional.

Os medicamentos, a depender do diagnóstico e do caso, podem ser aliados importantes no curso desse tratamento. Independentemente de sua utilização, um bom tratamento em saúde mental visa construir saúde e prover ferramentas para sua manutenção.

Nas páginas e seções seguintes, exponho alguns pontos sobre meu trabalho em maior detalhe. É um prazer recebê-lo em meu espaço. Espero poder te ajudar.

O psiquiatra enquanto médico

A Psiquiatria é acima de qualquer coisa uma especialidade médica. É impreciso afirmar que, como as doenças psíquicas estão “na mente”, a Psiquiatria está à parte da Medicina.

A mente não existe sem um corpo; ela está contida nesse corpo. O que adoece a mente certamente adoece o corpo, e vice versa. É preciso conhecer o funcionamento desse organismo como um todo para pensar o adoecer psíquico.

Psiquiatras lidam com medicações e tratamentos que têm efeitos em todos os sistemas orgânicos, portanto o exercício da Psiquiatria não se separa de todas as outras especialidades.

A Psiquiatria e os estigmas

A Psiquiatria é uma especialidade médica relativamente nova. Por muito tempo o adoecimento psíquico se confundiu com moral e religião, e ainda hoje resiste na sociedade um pensamento que discrimina, diminui e nega o adoecer psíquico.

Os diagnósticos psiquiátricos são dotados de validade científica suficiente, e os tratamentos hoje aprovados e recomendados passam por rigoroso processo de desenvolvimento e vigilância. Cada vez mais percebe-se um esvaecimento do preconceito contra a doença psíquica, e isso muito em função de um debate mais aberto na sociedade.

O exercício da Psiquiatria

Diagnosticar e prescrever demandam saber técnico, conhecimento do funcionamento dos órgãos e sistemas, saber conduzir uma boa entrevista e ter empatia para apreender o sofrimento do outro. Cuidar de quem sofre de doenças psíquicas demanda disponibilidade afetiva e interesse pela biografia do indivíduo.

A técnica jamais dispensa a humanidade; a humanidade coloca a técnica a serviço da cura.

Qual o objetivo de um tratamento psíquico?

Partindo do princípio que a doença psíquica prejudica a liberdade, o funcionamento e as relações interpessoais, tratá-la pressupõe restabelecer essas instâncias no seu melhor potencial. Tratar é construir saúde.

Saúde não é algo dado, que se perde ou se ganha, mas sim uma construção que demanda permanente manutenção.

O que fazer com o que a medicação fez?

A resposta sintomática que os tratamentos medicamentosos trazem é sem dúvida uma etapa muito relevante no processo de cura psíquica, mas não suficiente.

Adoecer psiquicamente não é somente ser assaltado por um grupo de sintomas, é muitas vezes perder o contato com atividades e relações que são vitais.

Em alguns casos, o próprio construir dessas relações pode estar adoecido, o que também demanda cuidado.

O medicamento nesse sentido se torna um meio para se atingir a cura; não pode jamais ser um fim.

Sentir-se confortável na própria pele

Essa expressão ganhou notoriedade a partir de uma perspectiva de beleza, mas pode ir muito além. A pele pode servir de metáfora para o contorno do indivíduo.

Ficar confortável vestindo seu contorno é ao mesmo tempo abraçar as potencialidades sem ignorar limitações.

Agende sua consulta

Saber Mais
Arrastar