Como posso ajudar?
O adoecer psíquico desorganiza a rotina, as relações e os projetos de vida. Falar sobre eles não é tarefa fácil, e muitas vezes há um diagnóstico tratável que pode tornar a existência mais leve e mais adaptativa. Não existe uma solução simples nem saída fácil para esses desafios, mas uma boa conversa com um profissional de saúde mental é um excelente ponto de partida.
Desmistificando a
primeira consulta
A psiquiatria e a saúde mental seguem envoltas em fantasias, por serem os fenômenos da mente difíceis de se apreender, mesmo para profissionais de saúde. Uma consulta psiquiátrica nada mais é que uma conversa qualificada, com o objetivo de colher informações relevantes para o raciocínio médico e também de estabelecer uma relação de confiança com quem traz o sofrimento.
“Não sei por onde começar”
Não existe um roteiro para essa conversa e não se espera nenhuma informação preparada. Falar sobre o sofrimento pode ser um grande desafio, e um profissional cuidadoso sabe respeitar o tempo e o espaço de cada um.
Sigilo
Como toda consulta médica, todas as informações dadas são protegidas pelo sigilo médico-paciente. As únicas exceções se dão se a pessoa apresentar um risco imediato de ferir a si ou a terceiros.
Sem julgamentos
Falar de dor psíquica é muitas vezes falar de culpa, vergonha, ou mesmo temas que são considerados tabu na sociedade. Numa consulta psiquiátrica julgamentos morais ou pessoais sobre as experiências, pensamentos ou sentimentos relatados pelo paciente são deixados de lado pelo profissional. Em vez disso, foca-se na compreensão e na busca por soluções para os desafios que o paciente enfrenta.
Plano de ação
Um diagnóstico médico é uma ferramenta para propor um plano de ação e desenhar um prognóstico. Por meio de uma consulta cuidadosa, uma relação de confiança se estabelece e um diagnóstico, onde houver transtorno mental, se torna possível. A partir daí se traçam estratégias para lidar com esse sofrimento e construir uma saída saudável e adaptativa.
Saúde X
Saúde Mental
Na minha visão, separar “saúde mental” de “saúde” pode produzir equívocos. Essa postura divisionista aparta duas coisas que são intrinsecamente ligadas.
Também traz consigo a ideia de que existe uma “saúde mental”, um estado a ser alcançado, um destino que, uma vez atingido, persiste estaticamente. Isso contraria toda a evidência científica atual: “saúde” é um grande processo dinâmico, um estado não constante que exige recorrente manutenção.
Os vários textos do site falam em “saúde mental” a título de clareza, porém prefiro pensar que saúde é um todo indivisível.
Não existe saúde mental sem saúde física, um bom cuidado com a mente passa necessariamente por um bom cuidado com o corpo.
Estilo de vida
& adoecer psíquico
Tratar o corpo e a mente como eles foram feitos para serem tratados é a pré-condição para construir saúde. Ignorar as necessidades do corpo e da mente (sono de qualidade, alimentação de qualidade, atividade física regular, relações interpessoais significativas e manejo de estresse) é um fator de risco para o adoecer psíquico.
Integrar portanto o cuidado médico, a psicoterapia e os hábitos saudáveis de vida são o caminho para construir uma relação sustentável com a própria saúde: são essas mudanças que sustentam a melhora no longo prazo.
A psicoterapia —
e a psiquiatria
O cuidado dos adoecimentos psíquicos precisa levar em conta toda sua complexidade.
Entrar em contato com o próprio funcionamento, entender a serviço do que alguns afetos se prestam, dirimir culpa e iluminar com consciência onde há trevas é uma etapa indispensável da cura psíquica.
Esse trabalho é papel principalmente da psicoterapia, exercida por um psicólogo. Trabalhar em conjunto com esse profissional não só esclarece pontos do funcionamento que podem escapar à especificidade da consulta médica, como também ajuda o profissional terapeuta a ter clareza do raciocínio e do plano médico.
No fim das contas, o paciente é o principal beneficiado, afinal, cuidar em conjunto é cuidar melhor.
O adoecer
psíquico —
A doença psíquica, no limite, priva o indivíduo da sua liberdade, sua capacidade de escolha.
Na sua escalada de gravidade, a pessoa vai deixando de parecer consigo mesma, para se parecer cada vez mais com os sintomas.
Tratar, nesse aspecto, não é só diminuir esses sintomas, o que as medicações se propõe a fazer, mas também recuperar a autonomia. Os indivíduos são únicos na sua subjetividade: não há duas pessoas iguais.
Se a doença homogeniza e despersonaliza, o tratamento individualiza e recupera a subjetividade.
Perguntas Frequentes
As consultas têm duração média de 1h. Para todas as consultas, há um retorno breve em duas semanas, feito via teleconsulta.
18 a 65 anos. Menores de 18 anos são melhor assistidos por psiquiatras da infância e adolescência, e maiores de 65 anos são melhor assistidos por psiquiatras especializados em psicogeriatria.
Se for esse o caso, entre em contato, tenho colegas que trabalham comigo para indicar que atendem essas demandas.
Isso é algo que depende do caso, mas na maioria das vezes, nos primeiros meses de tratamento, os contatos são mensais.
Conforme o tratamento avança e as respostas são mais consistentes, em geral se espaçam as consultas (p. ex. a cada 2 meses, a cada 3 meses…). É importante, porém, ter um seguimento contínuo para uma melhora sustentável.
Sim, temos um número de WhatsApp comercial para sanar dúvidas de quem já acompanha.
Ele fica disponível durante os horários de atendimento; se sua mensagem for mandada fora desses dias e horários, fique tranquilo(a), ela será respondida em breve.
Atenção
Em caso de urgência ou emergência, o paciente deve se dirigir imediatamente a um pronto-socorro.
Alguns questionamentos são muito complexos para uma simples troca de mensagem, e, portanto, devem ser abordados em consulta.
Sim, atendemos teleconsultas.